Marcadores

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A arte de ser feliz

Ser feliz é realmente uma arte. A arte de se achar uma mulher linda, mesmo pesando 80Kg, usando óculos e sabendo que a única opção, mesmo não tendo um corpão violão. A arte de morrer de rir, de rir de gargalhar com as mensagens trocadas no celular, ou com a possibilidade de melhorar. Ser feliz é a arte de conversar com o espelho e ter a certeza absoluta que o seu namorado é perfeito e mesmo que todas as pessoas ao seu redor tentem, de todas as maneiras provar que você está errada, não importa, porque ser feliz é também ter convicção! Ser feliz é sentir que você tem tudo e esse tudo é do bom e do melhor. Ser feliz é amar um pão na chapa e um café preto de café da manhã, é colocar uma roupa e sentir-se a mulher mais exuberante do mundo, é se deliciar com o cheiro do próprio cabelo, é sorrir pra si mesma no retrovisor do carro. Ser feliz é chorar de soluçar lendo um livro (As pontes de Madison) e passar um tempão olhando pro nada, se imaginando naquela história. Ser feliz é amar descaradamente, escancaradamente e declarar isso todos os dias, sem cansar e sem medo do que irão pensar. Ser feliz é cozinhar e achar que fez alguém feliz com isso. A arte de ser feliz é ir dormir com aquele sorrisinho de cantinho da boca e o coração cheio de orgulho de ser quem você realmente é!

Hoje, minhas orações vão para todas as pessoas que vivem enclausuradas dentro de si próprias e não conseguem ver que a felicidade está onde nós a colocamos... é só não por onde não se pode alcançar!

[Dani Arruda]


A arte de ser feliz
[Cecília Meireles] 
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

domingo, 8 de agosto de 2010

Le Petit Prince

Pra mim, o trecho mais lindo do livro, onde o Pequeno Príncipe conta a rosa o seu segredo: 
"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."




Espelhos


"Decepção é quando a gente quer demais, e cobra dos outros o que nos falta..." 
 
Portas fechadas, é prosseguir. E trabalhar no nosso melhoramento, no melhoramento do nosso amor... "Derramar-se sem medidas, é melhor. Amor, só isso...". A responsabilidade das pessoas é só delas. Mas são as escolhas que NÓS fazemos que ditam a vida que NÓS levamos. Que amanhã o nosso dia venha inteirinho repleto de sol. E que a gente nunca perca a fé nas pessoas. 
Amém.  
 

[Dani Arruda]

Em branco

E a gente sempre vai tentar transferir a responsabilidade, não tem jeito. E vai se lamentar e tentar achar um culpado, alguém que fez tudo dar errado, alguém que sacaneou você. E eu nem tô falando de relacionamento afetivo, tô falando da vida mesmo. Admitir que deu errado porque você não tinha tanta razão quanto você pensava, ou porque procurou unanimidade quando só deveria ter procurado autoaceitação, pode fuder a cabeça de uma pessoa. E sem orgasmos. Esse é mais um daqueles textos-registro. Desses que eu não escrevo pra ninguém a não ser pra mim mesma pra lembrar que descobri algo supremo e importante.

O que eu descobri? A culpa foi minha. O erro foi meu, fim. Chega de lamentações. Eu não sou vítima de nada.

E, finalmente, me permito virar a página de uma vez. E que Deus nos ajude.
 
[Dani Arruda]