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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The way you look tonight

Eu apenas queria que você soubesse...


Eu Apenas Queria Que Você Soubesse
Gonzaguinha

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Felicidade

”Todos correm atrás da felicidade sem perceber que a felicidade 
está nos seus calcanhares.”
 

Bertolt Brecht

Meu caos

E o despertador toca, não desperta e incomoda. O sono me abraça. O barulho cresce lá fora na avenida. A cama. O banho. O sabonete. A escova e a pasta de dente. A paisagem nada atraente. A água escorre e leva o sono embora, mas ele não quer ir e se esvai pelo ralo olhando pra mim com olhos de dor. A mente inicia o processo e pensa: o relatório, o retorno, o pagamento, os 300 e-mails, o dentista, o supermercado, a roupa pra passar. E o banho se torna rápido. A lição de inglês. O pagamento da conta. O pedido da Natura. Abro as portas do dia: do boxe, do banheiro, do quarto e do chuveiro. As roupas não atraem, não se mexem, não mentem, não traem. O creme pelo corpo, as roupas, os sapatos, o batom, o perfume, os brincos, os anéis. Um colar? Quem sabe! As chaves do carro,  portão e o pensamento no pão. Fome. Trânsito. E o caos inicia o dia. Uma melodia de buzinas, um balé de motoqueiros, um circo de brasileiros. O estacionamento esburacado, o crachá, o ponto, a mesa. E estou de frente ao ícone mais importante do século. Meu arqui-amigo computador. Relatórios, email-s, papéis, canetas, reuniões, atas, erratas, cafézinho, networking, falação. Quando o caos termina, meu irmão? Uma ligação me afasta do caos. Namorado-noivo. Bom Dia!  Te amo! Almoço. Fome? Nem tanto. Filas. Fila pra pedir, pra pagar, pra comer, pra gastar. Comida. Megasena. Livraria. Revistas de decoração. Livros do coração. Casquinha de creme. Olho da liquidação. Não dá, estou sem cartão! Corre pra van. O tempo está curto. Segundo tempo. O espelho enorme. Dentes. Café. E mais algumas horas sentada à frente ao amigo computador. O telefone não para, dispara. Hora de ir embora. Aperta o botão, pasa o crachá, gira a chave, pára no trânsito. A rádio informa 122 KM de congestionamento em SP. Eu canto. Participo do Ídolos e ganho. Sou a melhor. Vinte minutos de canto. 5 KM de avanço. Tem bala, pipoca, maçã? Não pode ligar pra ninguém, que dá multa. Não pode dormir, que bate. Não pode chorar, que não resolve. O caminho de 15 minutos em 1 hora. A mente: a janta, a roupa suja, o trabalho da faculdade, o ANTM. E chego em casa. Finalmente.