Estou sentindo falta de Natureza. De pés na grama ou na areia. De vento. De cheiro de mato ou de mar. Preciso sentar na beira da praia e não pensar em nada, somente ficar ali contemplando. Preciso deitar no meio da grama, debaixo de uma sombra de árvore e ler um livro. Preciso deitar numa rede e cantar todas as músicas que eu puder lembrar. Estou sentindo falta de fazer bolhas de sabão, de andar na beira da praia molhando os pés, de tomar água de coco, de sentir o sol penetrando meus poros. Preciso de um banho de chuva, daquela sensação que só um banho de chuva pode causar. Preciso de banho de mar.
Impossível ser indiferente e não despejar o que invade minha lente. Lente de graus, de graus incoerentes. Vejo a vida desses tantos modos, modos tão inexperientes. Olho, vejo, sinto, penso e escrevo essas linhas displicentes. DANI ANDRADE
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domingo, 30 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Abra à felicidade

Sou completamente apaixonada por ele.
Pelo meu Cherry!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Borboleta
Hoje fui à terapia. Sentei no sofá, coloquei a almofada no colo, olhei pra ela e chorei. De onde sai tanta lágrima, me fala? Caramba!!! É um choro tão sentido, tão doido, tão salgado, tão contido por tantos anos que eu o permito vir e ficar o quanto precisar. Tenho esperanças que assim, ele acabe um dia. Mas por enquanto, ele tem me acompanhado toda noite e todo amanhecer, mas o real problema aqui é que eu já nem sem mais o porquê. Obviamente que, racionalmente, eu sei que ele (o choro) não resolve nada. A vida continua exatamente a mesma, antes e depois dele. Mas ele vem, vem com tanta força que ate eu me assusto... E quando ela (a terapeuta) me perguntou porque eu estava chorando, eis a surpresa: eu não sabia responder. Na minha cabeça passava tanta coisa ao mesmo tempo e eu não sabia definir se era um choro de dor, de tristeza, de mágoa, de medo, de frustração, de cansaço, de dó de mim mesma. E ai, comecei me sentir tão pequenininha. Sentir dó de mim? Dai começou aquela avalanche de reticências... Então, ela (a terapeuta) me disse pra pensar em algo bom, que eu sentisse vontade de sorrir. E sabe o que aconteceu? Eu chorei! Chorei mais ainda. Chorei de soluçar. Chorei de escorrer o nariz. Chorei de sentir meu coração quase sair pelo peito. Chorei de perder o ar. E eu realmente atendi o pedido dela e estava pensando em algo bom, algo que mudou a minha vida e me fez ser uma pessoa melhor. Mas mesmo assim, eram as lágrimas que enchiam a minha alma. E senti falta do Sérgio. Eu precisava daquele abraço único que foi feito sob medida pra mim. O único abraço no Universo que consegue acalmar esse choro compulsivo e essa sensação de vazio enorme. O único abraço que consegue fazer meu coração sentir esperança na vida e nas pessoas. O único que consegue me fazer acreditar que tudo vai dar certo. E ai eu consegui dizer para ela o que estava machucando meu coração. E voltei para o trabalho me sentindo leve e em paz. E no caminho, uma borboleta cor mostarda pousou no meu ombro... bom sinal.
[Dani Arruda]
Paz em Família
Márcia Elizabeth - julho de 1974 -
Qual o mecanismo ideal para atingir a paz e a segurança entre os familiares vinculados à mesma casa e ao mesmo nome?
Chico Xavier:
- Cremos que este problema será perfeitamente solucionado quando esquecermos a afeição possessiva, a idéia de que somos pertences uns dos outros, quando nos respeitarmos profundamente, cada qual procurando trabalhar e servir, mostrando sua própria habilitação, o rendimento de serviço dentro da vocação com a qual nasceu, dentro do lar, respeitando-se uns aos outros.
Desse modo, com o respeito recíproco e o amor que liberta, o amor que não escraviza, o problema da paz em família estará perfeitamente assegurado na solução devida.
Extraído do livro "Lições de Sabedoria -
Chico Xavier nos 23 Anos da Folha Espírita,
escrito por Marlene R. S. Nobre
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Lentes de Contato
Eu sempre falo sobre a importância da energia, mas fazia tempo que eu não a sentia tão profundamente. Algumas pessoas nascem com o dom de iluminar o caminho por onde passam e hoje estive com um ser assim, cuja necessidade inerente é proporcionar alegria aos que estão em volta e o melhor é que ele consegue. Eu ri, ri de perder o fôlego, ri de bater a mão na mesa, ri de fazer xixi na calça. E rir é um dos maiores presentes que alguém pode dar. A sensação que fica depois que passa, é que tudo parece tão pequenininho e o questionamento da mente é: porque tudo tem que ser tão triste? Porque tudo tem parecido tão pesado? A vida continua a mesma: todo dia alguém nasce, alguém morre, alguém fica doente, alguém ganha um presente, alguém se casa, alguém se separa, alguém é assaltado, alguém assalta, alguém cozinha, alguém come, alguém passa fome, alguém faz uma reunião, alguém reclama do chefe, alguém dorme com o chefe, alguém é traido, alguém não tem grana pra por gasolina no carro, alguém põe 500ml de silicone, alguém compra um remédio, alguém pede dinheiro pra comprar arroz na fila do supermercado, alguém dorme e alguém vara a noite sem conseguir dormir. Todo dia é sempre igual. É preciso mudar os olhos que vêem. É preciso encontrar as cores na manhã cinzenta, encontrar a paz no caos do trânsito, encontrar tranquilidade ao ver os montes de contas sem pagar, encontrar esperança nos lares desfeitos, encontrar a fé que sempre esteve dentro do peito. Então hoje, o agradecimento é ao querido-amigo-professor-da-minha-irmã, que me proporcionou boas risadas por algumas horas e me fez reencontrar minhas lentes de contato.
Dani Arruda
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
AVATAR
Não assisti no cinema. Assisti hoje, no notebook e obviamente perdi todo show em 3D que o filme proporciona. Bem-feito! Sabe porque isso? Preconceito! Eu, sequer me dei ao trabalho de ler a sinopse e decidi com toda minha arrogância que se tratava de mais um filminho de ficção sem nenhum objetivo. Pois é, quem assistiu sabe o tamanho da minha mediocridade. Mas, antes tarde do que nunca e que filme. Ainda estou sem palavras. O filme é simplesmente maravilhoso! Não trata-se apenas de um show visual e de design. Trata-se de perceber como o ser humano é capaz de destruir a si próprio e não conseguir enxergar a beleza inexpressível da natureza. Claro que no filme, cada planta, cada criatura, cada ecossistema parece respirar na tela e quando pensamos que nós destruímos isso tudo. É dolorido demais. Mas nada do que eu escrever aqui vai explicar o filme. Aliás, é preciso ver mais de uma vez porque o nível de detalhe é embasbante. Eu simplesmente adorei.
Dani Arruda
domingo, 16 de maio de 2010
Ser feliz ou ter razão?
SER FELIZ OU TER RAZÃO ? Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.. O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas MORAL DA HISTÓRIA: Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?' Outro pensamento parecido, diz o seguinte: 'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam. |
Lado a Lado

Uma oração especial ao Cherry e minhas queridas amigas Carla e Nirse, que com certeza, não sabem o quanto são importantes pra mim.
Dani Arruda
terça-feira, 11 de maio de 2010
I want to know what love is
[Retribuindo o vídeo de hoje, a diferença é que você gosta dos desenhos e eu da expressão humana.]
A dor da Impotência

[Sentindo-me completamente impotente]
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Orgulho
Well, hoje não estou muito inspirada. Estou com a garganta inflamada, dor de cabeça e louca pra cair na cama, mas antes, só queria registrar aqui, neste meu cúmplice virtual que a sensação do dia de hoje foi ORGULHO. Orgulho de estar, embora a curtos passos, fazendo tantas coisas e de tantas maneiras diferentes. A gente passa tão rápido pela vida e acaba não percebendo e muito menos valorizando pequenos atos que foram muito importantes para outros pessoas e/ou para nós mesmos. E hoje sinto orgulho de ser quem eu sou. Obviamente, ninguém conhece mais os meus defeitos do que eu, mas definitivamente só eu sei o amor que mora em mim e a alegria de ser quem eu sou. Estou orgulhosa dos planos colocados em prática, aos poucos: terapia, dentista, médicos, tratamentos, inglês... Estou orgulhosa das pessoas que conseguiram emprego, daquelas que sentiram-se aliviadas depois de um abraço sincero e bem apertado. Orgulhosa de ser "toda ouvidos" e chorar junto, rir junto, vibrar junto. Estou orgulhosa e ponto final.
domingo, 9 de maio de 2010
Familia ê, Familia á, Família!!
Hoje é um daqueles dias que celebro a vida! Celebro o presente de ter uma família que, embora não seja perfeita e em muitos momentos, machuca, dói, incomoda em muitos outros preenche todos os vácuos que existem em nossa alma. A gente sabe que ninguém é perfeito, a gente conhece os erros escancarados, as mágoas trancadas, as histórias mal contadas, mas a gente está lá, juntos! A gente está lá, fazendo um dia feliz, um dia de confraternização com todos os personagens mais importantes de nossas vidas, personagens estes que, não importa o que aconteça, são os que o protegerão, defenderão, ajudarão sempre, mesmo que, dentro de casa, com a porta fechada, digam na sua cara toda verdade, mas eles sempre serão sangue do seu sangue, sempre te amarão quer queiram, quer não. E hoje celebro o presente de ter uma família assim, complicada, simples, humilde, engraçada, mas o melhor de tudo, UNIDA! Amo, amo muito tudo isso.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
[Carlos Drummont de Andrade]
"But I see your true colors shining through"
True Colors
You with the sad eyes
Don't be discouraged
Oh I realize
It's hard to take courage
In a world full of people
You can lose sight of it all
And the darkness inside you
Can make you feel so small
But I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
Show me a smile then,
Don't be unhappy, can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there
And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
I can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there
And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors, true colors
True colors are shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow
Cores Verdadeiras
Você, com seus olhos tristes,
não fique desanimado
oh, eu imagino
que é difícil criar coragem
num mundo cheio de gente
você pode perder a visão de tudo,
e a escuridão dentro de você
pode fazê-lo se sentir tão insignificante...
Mas eu posso ver suas cores verdadeiras
brilhando sem parar
Vejo suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
as suas cores verdadeiras
as cores verdadeiras são bonitas
como um arco-íris
Então, dê um sorriso pra mim
não fique triste, não me lembro
quando foi a última vez que eu te vi sorrindo
Se este mundo te deixar louco
e você já não agüentar mais,
ligue pra mim
porque você sabe que estarei ao seu lado
eu posso ver suas cores verdadeiras
brilhando sem parar
Vejo suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
as suas cores verdadeiras
as cores verdadeiras são bonitas
como um arco-íris
Eu não me lembro
Da última vez que te vi sorrindo
Se este mundo te deixar louco
e você já não agüentar mais,
ligue pra mim
porque você sabe que estarei ao seu lado
eu posso ver suas cores verdadeiras
brilhando sem parar
Vejo suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
Suas cores verdadeiras, cores verdadeiras
Cores verdadeiras estão brilhando sem parar
eu posso ver suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
Suas cores verdadeiras,
Cores verdadeiras são bonitas,
como um arco-íris
O Desabafo
Gente, vocês precisam me desculpar porque hoje preciso escrever aqui 4 palavras que estão intaladas bem no meio da minha garganta e é melhor para a minha integridade física que eu as diga de alguma maneiras: VAI TOMAR NO CÚ! Ufa! Eu sei que pode parecer triste e não combinar nenhum pouco com meu estilo de escrever, mas a sensação é boa demais. Cacete, hoje tô de saco cheio de gente pequena. Muito cheio. Cara, o que eu posso fazer se, definitivamente eu nasci pra brilhar. E nasci mesmo e brilho mesmo e não porque eu sou melhor do que ninguém, mas simplesmente porque eu sou eu mesma sempre e intensamente. Brilho porque vivo com tesão total, porque faço o melhor que eu posso, porque acredito que tudo pode ser melhorado, porque faço do fundo do coração, porque tenho coragem suficiente pra dar opinião, pra discordar, pra mudar, pra voltar atraz, pra pedir perdão, pra ignorar, pra chorar, pra rir, pra assumir erros. Brilho porque eu acredito nas pessoas, porque não admito fazer o mínimo necessário, porque não vejo o trabalho apenas como emprego, porque eu sou boa mesmo. Então, hoje eu quero muito que essas pessoas pequenas, que se menosprezam, que não enxergam seu próprio valor, que vivem na mesquinhez de pensamentos, atitudes e idéias, que se incomodam com a luz dos outros que vão tomar no cú! Vão se foder! Porque hoje tô cheia! Cheia de querer fazer as pessoas entenderem que se elas querem alguma coisa e elas podem ter, basta querer, basta se dedicar, basta vestir a camisa e lutar por isso, mas infelizmente, o mundo tá cheio de gente que inveja o outro, que queria ser igual, mas sem fazer absolutamente nada e ai meus queridos, afirmo categoricamente, é impossível. Nenhuma conquista real surge sem esforço real. A vida é assim, 1% de inspiração e 99% de transpiração. Então, se eu incomodo, foda-se! Eu brilho mesmo, eu sou boa no que eu faço mesmo, eu me destaco mesmo, eu conquisto a admiração das pessoas mesmo e sinto muito se você não. Mais que grande merda cara! Agora eu tenho que ser menos do que eu posso porque existem pessoas que sofrem com a minha luz? Poupe-me. Vai abrir um restaurante de comida japonesa, ou uma lojinha de importados japoneses, mas me erra!
Ai gente, valeu o desabafo, tô renovada, podemos começar tudo de novo amanhã, rs!
Dani Arruda
quarta-feira, 5 de maio de 2010
A Lista
A Lista
Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?
[Oswaldo Montenegro]
Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?
[Oswaldo Montenegro]
"Sou toda coração"
Estava pensando em começar a frase com "hoje eu percebi que..." mas o certo mesmo é que hoje eu tive a mais absoluta certeza das coisas que realmente são importantes pra mim. Pude constatar por A+B que a minha paz e a minha alegria estão 100% ligadas e dependentes do amor, do carinho, da afeição e da demonstração do afeto. Algumas horas deitada numa cama de hospital, podem causar estas coisas: filosofias, constatações, descobertas, decisões... e pra mim só fez clarear aquilo que sempre foi transparente pra mim: "minha anatomia enlouqueceu, sou toda coração"! E fiquei lá horas, pensando, pensando, pensando e umas das conclusões foi que se eu tivesse que se para escolher um emprego eu tivesse que decidir entre o maior salário e um ambiente afetuoso, escolheria o de ambiente afetuoso. Que se tivesse que escolher entre um pai que pudesse me dar tudo e um pai que só pudesse me por no colo e me chamar de "minha filhinha", escolheria o pai pobre. Que se tivesse que escolher entre ganhar uma jóia ou um bilhetinho inesperado escrito "eu te amo" escolheria o bilhetinho; entre uma viagem coletiva para Disney e uma viagem a dois pra Santos, escolheria Santos. Se tivesse que escolher entre uma casa enorme e vazia e uma pequeninha e aconchegante, escolheria a pequeninha. Ou seja, preciso mesmo é de carinho. Da certeza de que eu realmente faço alguma diferença no mundo de alguém, de que minha existência não é em vão e de que existem pessoas que me amam mesmo com todos os meus defeitos, medos e constatações. Preciso daquele abraço apertado, do olho no olho, dos dedos contornando os cabelos atrás da orelha, da cia pra fazer nada... não preciso de muito, preciso? Preciso de colo, de uma palavra de incentivo, de orelhas em pé e opiniões sinceras. Preciso de conselhos, de puxões de orelha e de reconhecimento. Preciso ouvir, ler, sentir eu te amo. Preciso que pelo menos uma pessoa no Universo me conheça. Conheça meu rosto, meus sorrisos, meus medos, minhas lágrimas, meus anseios, minha cor predileta, meu estilo de música, meu desejo mais secreto. Pelo menos uma pessoa neste mundo enorme precisa saber que prefiro uma manga à pudim, suco a coca, campo à praia, buraco à truco, vinho à cerveja, karaokê à balada, noite ao dia... alguém precisa saber que eu não quero muito, só o essencial.
Dani Arruda
terça-feira, 4 de maio de 2010
Presente do acaso

Visitei um lugar cativante. Conheci pessoas. Chorei. Sorri.
E a principal marca que este lugar deixou foi perceber como é fácil ser feliz.
Fiquei observando a Silvia. Ela subiu no palco, sentou na cadeira, sacou uma pasta com letras de músicas e pude ver seus olhos brilhando de excitação. Ela escolheu uma música, avisou todo mundo e cantou. E melhor, me encantou. Uma voz deliciosa de ouvir. Mas não era isso que estava tão suspenso no ar, nos pêlos arrepiados, na lágrima captada com a ponta da língua, foi sentir como ela fazia aquilo com amor.
Por puro amor e prazer.
E ia, como tinha de ser, revivi aquela retrospectiva semi-pronta que existe no meu subconsciente e surge sempre que algo assim acontece e percebi que há muito tempo eu desisti das coisas que eu mais amava fazer. Como eu pude deixar que a ausência dos retornos, das considerações, das trocas, dos reconhecimentos pudessem minar o que eu tinha de melhor? E meu aquela saudade de...
* Acordar ouvindo e dançando Vini (mexe a cadeira, hei, bota pra quebrar...)!!!
* Dançar Shakira na frente do espelho e me sentir A DIVA!!!
* Conversar com meu amigo imaginário!!!
* Tirar sarro de mim mesma!!!
* Pedir um bolo do Oswaldo sem ter nada pra comemorar!!!
* Ficar horas no telefone morrendo de rir com a Cris!!!!
* De ter um peixinho!!!
* De ler um livro por semana!!!
Mas como aprendi hoje, nunca é tarde pra recomeçar!
Para o alto e avante.
Dani Arruda
segunda-feira, 3 de maio de 2010
A glória de fazer o que nos satisfaz
Re - Inventando - Me
Tenho pra mim que a gente sempre sabe quando a coisa é certa ou errada e mais que isso, sabe estamos certos ou errados, mas continuamos sempre fazendo tudo igual e isso porque talvez a gente saiba que existe um grande espaço entre o que a gente quer e o que pode dar. A gente sabe o enorme caminho que existe pra percorrer entre o melhor e o ideal. Alguns possuem passos largos, outros nem tanto. E fico me perguntando: como faz pra acompanhar? Olho em volta e vejo tantos caminhos desconexos, que chega dar desespero. Pra onde eu vou? Qual é o melhor? E quando você não quer aquele caminho onde se caminha sozinha? E quando você quer compartilhar a paisagem, as curvas, as subidas e descidas, as pedrinhas, as flores e tudo o que um caminho tem pra oferecer? E então? Então, a gente fica assim, pensando que se eu pudesse, aconselharia sabiamente neste momento, mas não sei nem pra mim... Talvez fosse inteligente dizer "nunca escolha o caminho que dependa de alguém" ou "escolha antes que a ponte suba e você não possa mais atravessar" mas eu não tenho nada a dizer, a nã ser o fato de que eu amo banho de chuva tanto quanto amo tempestades e algumas vezes imploro furacões, já que eles parecem surgir mesmo de dentro da gente.
E assim, me despeço dos meus medos, medos que eu sequer sabia que existiam. Medos que paralisam e criam muitos obstáculos no caminho. E proponho ao meu eu, fazer uma limpeza da alma e me livrar de tudo aquilo que me impossibilita de ver com clareza quando é banho de chuva, tempestade ou furacão. Me proponho livrar-me da culpa por erros não cometidos e dos mais doloridos. Proponho por mim, pelos meus sonhos e por minhas noites de sono. Proponho apagar tudo e escrever tudo de novo. Caramba, só de pensar, dá aquela pontadinha no pé da alma (dificil?), vamos saber lá na frente...
Dani Arruda
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