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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Castelos de Areia...

Em Fevereiro de 2009 eu sofri um acidente de carro e desde então eu morro de medo de estrada. Não deixei de dirigir, nem de viajar, mas tenho medo e quando estou na estrada, o medo percorre todas as minhas veias e me deixa num pânico silencioso. Acho que todo medo é igual. Ontem, na volta pra casa, eu tirei os óculos e vim obervando as luzes espalhadas pelo caminho, elas ficaram maiores e mais bonitas e não senti mais medo por que eu não enxergava ele. 
Como faz para tirar os óculos dos olhos do coração?

[Dani Arruda]

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Novas perspectivas...

Para as minhas próprias memórias...

Eu tenho sentido muita vontade de mudar. Perder peso, cuidar da pele, fazer exercícios, comer melhor. Por algumas semana fiquei pensando porque essas vontades "estranhas" surgiram logo agora e achei minha resposta: eu estou livre. Eu nunca dei atenção à isso porque eu precisava encontrar e conquistar pelo o que eu sou e não por conta de um corpo escultural. E agora que de fato eu encontrei esta pessoa, que me ama e me aceita exatamente como eu sou, me sinto livre! Hoje eu posso melhorar minha aparência porque ela não é a base do meu relacionamento. Posso seguir em frente e melhorar por mim, excepcionalmente.

Então... hoje eu começo uma nova jornada e deixo registrado aqui para checar os resultados lá na frente!

[Dani Arruda]

Quando a chuva passar...

O medo paralisa. E a gente nem percebe. Estamos tão acostumados a ser infelizes que quando a felicidade surge brilhante e reluzente a gente só enxerga (e reclama!) que ela ofusca os olhos da gente. É mais fácil ser triste do que ser feliz, é fato. E de fato a gente pede, mas não sabe receber e quando as bençãos aparecem, aquilo que era para ser só agradecimento, se torna um nó na garganta daqueles que sufocam até matar... as bençãos. Eu escuto. Eu sei escutar e me pergunto se é certo me calar. Será que estou fazendo a coisa certa não mostrando à algumas pessoas que elas precisam se preparar para a chuva, se elas pedirem chuva, porque a chuva virá? Ou é melhor deixar que se molhem e aprendam (um dia talvez) sozinhas que é simples ser feliz, ou não será?

[Dani Arruda]

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O dom de ser capaz e ser feliz

Hoje voltei a sentir aquele sentimento um tanto inadequado de indignação ao perceber quantas pessoas estão presas dentro de si mesmas. Algumas, somente estão inertes, bloqueadas; já outras, ainda por cima guardam o ódio e o rancor em seus corações. E minha tristeza é que essas pessoas não conseguem enxergar que toda sua felicidade, toda sua liberdade, toda sua capacidade de superação está dentro delas mesmas. É claro que eu concordo que muito do que somos é reflexo de nossa educação e da influência do meio em que vivemos, que somados à nossa personalidade  e às nossas crenças, fazem de nós o que somos de fato. Eu realmente acredito nisso, mas eu também acredito que todos nós, em determinada fase de nossas vidas, somos os únicos responsáveis pelo que podemos ser. E a partir deste momento, só temos dois caminhos a escolher: ficar presos no passado, com o coração amargurado e recheado de mágoas e más recordações ou escrever uma nova história. Todos, sem exceção temos estas opções e como todos, eu também vivi esta experiência: de olhar bem no fundo dos meus olhos e do meu coração e dizer pra mim mesma: perdoe e perdoe-se. Doeu, machucou, marcou, mas passou. É hora de olhar pro hoje e buscar as maneiras de fazer o hoje e, consequentemente, o amanhã ser melhor do o ontem. E eu também admito, é muito difícil, mas é possível e extremamente necessário para o nosso bem-estar emocional, para nosso desenvolvimento pessoal e para o nosso crescimento espiritual. É preciso re-começar sempre. É preciso apagar da memória tudo o que nos agride de alguma meneira e querer, do fundo da alma, construir uma vida melhor e diferente. Eu olho ao redor e vejo muitas pessoas que continuam culpando os pais, os irmãos, os amigos, o governo, os professores, os vizinhos, os chefes... por seus fracassos, por seus erros, por seus medos e por suas escolhas. É possível que muitos destes tenham culpa? Sim! Mas ficar preso nesta energia, resolve o quê? Nada, só nos mantém numa energia escura e gosmenta que nos prende às correntes do vazio, da depressão, do pânico e da solidão. Como eu queria, como eu queria poder provar à estas pessoas que quando elas DECIDIREM perdoar e se perdoarem, quando elas abrirem seus corações, quando elas passarem a sonhar, quando elas tiverem fé, quando elas deixarem que o amor incondicional tome conta de suas vidas, quando elas acreditarem que podem ser felizes e que podem realizar o que quiserem, tudo fluirá de uma maneira divina. Mas é justamente o divino que nos ensina que cada um de nós tem um tempo diferente para descobrir que "cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz...".

[Dani Arruda]

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Coisas que a vida ensina


                                                                    
Amor não se implora, não se pede, não se espera...
Ágape se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil.
Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados a Terra por Deus, para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
A água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto a falta de dinheiro.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.
OBRIGADO, DESCULPE e POR FAVOR são palavras fundamentais, chaves que abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah! O Ágape...
O Ágape quebra barreiras, une nações, destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo... quem ama e é muito amado, vive a vida mais alegremente! 

[Padre Marcelo Rossi]

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Harmonia

São delicados e sutis os fios da harmonia. Ao contrário da alegria, do entusiasmo, ela é uma das sensações mais discretas. Sua voz é quase imperceptível, feito outra qualidade de silêncio. Ela não é uma gargalhada, é aquele sorriso por dentro, uma sensação gostosa de estar no lugar certo, na hora adequada. Feito um arco-íris depois da tempestade, sua beleza é adornada pelo equilíbrio dentro do derramamento. É um adestramento dos fantasmas internos. A possibilidade de aprimorar os pensamentos. É quase como não pensar. Simplesmente, sentimos uma ligação profunda com tudo, um denso bem-estar. Como se tivéssemos uma secreta intimidade com o mundo, certa cumplicidade com o tempo. É como se observássemos descompromissados, ela é uma descontração. Como se o coração batesse pelo corpo todo, mas sem extremada euforia. Uma tranqüilidade dilatada no peito, o olhar satisfeito, a mente entendendo que já nem precisa entender o que é prosa ou poesia. E o mundo inteiro cabendo num abraço. E uma firmeza na carícia, a maturidade que perdeu o cansaço, uma confiança que preenche a existência. A harmonia é um contato profundo com a experiência. E o tempo do dia não é mais composto por esperas, ele é vivido. E já não se fala, palavras passeiam pela boca. E já não se escreve, as frases coreografam as paisagens. E já não se ama, o amor vigora em nós. A harmonia tem fios muito delicados e sua trama faz a ligação mais suave entre todas as urgências já sentidas. E o chão do sonho é macio, e tudo parece estar alinhavado, numa ligação sem sufocamentos. E a poesia não deseja mais ser nada, vira o afago de um momento. E nas letras a textura de um veludo, como se ao correr pela página, os olhos pudessem ser acariciados. E você tem todas as coisas sem precisar tomar posse delas. Você ama o amor, não o delírio de estar apaixonado. Sinto a harmonia como uma espécie de fascínio pela vida.É quase uma perda de outros apetites, porque se está tão nutrido pela própria companhia. E a gente tem aquela vontade súbita de andar pela noite: não apenas para olhar as estrelas, mas também para por elas sermos vistos.

Harmonia é como se fôssemos inundados pelo mar onde antes só havia um precipício.

Marla de Queiroz

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A rosca e o parafuso

Eu estava lendo alguns blogs e percebi que enquanto muitas pessoas conseguem escrever sobre tudo, eu fico aqui limitada ao que podemos chamar de Sentimentos e Relacionamentos. Fiquei um tempão pensando sobre isso e por alguns instantes acreditei que deveria mudar, mas meu anjo-da-guarda veio e me lembrou qnum sussurro, que o objetivo desse amigo-confidente-virtual é justamente despejar o que vai no meu coração, então... estou ansiosa, no próximo sábado é o meu noivado e aquelas pessoas que conviveram comigo a minha vida toda, sabem o quanto isso significa pra mim, porque a imagem que eu tive de um casamento, não foi uma das melhores e eu passei cerca de 29 anos acreditando que o amor-de-contos-de-fada não existiam e tinha determinado na minha mente e no meu coração que era melhor ser sozinha. Aí de repente (ou não tão de repente assim), eu conheci o meu príncipe-encantando, me apaixonei e vou viver-feliz-para-sempre! Até noivado? Aquele tradicional que dá direito à alianças, bolo, mãos trançadas em busca da taça de champagne e até lembrancinhas. Nossa! Que bom que não é apenas um sonho. É realidade. Os sonhos acontecem. Tá certo, demorou um tempão, mas valeu à pena sonhar e esperar. Meu príncipe-encantado não tem farda,  não tem cavalo branco e muito menos uma espada, mas tem um ser humano de verdade que é incrívelmente maravilhoso, defeituoso sim, como todos os seres humanos devem ser, mas de um coração enorme e que de tão grande, me capturou e colocou lá dentro, aninhadinha, quentinha. Pensar nesse noivado me faz perceber como nós somos mutáveis e melhor, me faz perceber que ser mutável é maravilhoso, afinal, não dá (e que bom que não dá) pra viver uma vida inteira com as mesmas convicções, os mesmos conceitos, os mesmos planos. [Abrindo um parenteses para um trecho de Lulu Santos: tudo muda o tempo todo no mundo, não adianta fingir nem mentir pra si mesmo agora, há tanta vida lá fora, aqui dentro e sempre, como uma onda no mar e viver isso é algo indescritívelmente bom. Antes eu não acreditava no amor, hoje eu acredito. Antes eu não acreditava que um homem pudesse ser gentil, carinhoso, amigo, companheiro e fiel, hoje eu acredito. Antes eu não acreditava que alguém pudesse me amar exatamente como eu sou, hoje eu acredito. Antes eu achava que era melhor ficar sozinha, hoje eu não acho mais. Antes eu dizia que nunca iria usar uma aliança, hoje não vejo a hora de tê-la no dedo. Antes eu achava que todos os casamentos eram falidos, hoje eu acredito que só depende de nós. Antes eu achava que a vida escolhia nosso destino, hoje eu acredito que somos nós quem escrevemos a nossa própria história. Antes eu era triste, hoje eu sou feliz. Antes eu estava sozinha, hoje não mais... Peço desculpas se tenho sido repetitiva, mas a verdade nua-e-crua é essa mesma, estou completamente apaixonada e não me canso de espalhar isso por onde quer que eu vá, muito menos aqui, neste meu diário-virtual. Estou apaixonada pela vida e por vislumbrar um futuro lindo, muito melhor do que o passado. Estou apaixonada por mim mesma. A ansiedade é dificil de controlar, mas a sensação de me deitar na cama sorrindo, de fechar os olhos e saber, de uma maneira inexplicável, que eu encontrei a felicidade é que não dá para explicar, só sentir e vibrar...

Um beijo carinhoso e um abraço fraterno cheio de luz e paz.

[Dani Arruda]

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rumo a uma nova vida

O meu casamento está marcado e só hoje eu tive aquela sensação estranha do desconhecido. Suor gelado, borboletas no estômago, coração acelerado e os olhos fixos em um ponto, tentando enxergar como será o futuro. O medo. A vontade desesperada de ser e fazer o outro feliz. Atender as expectativas. Amar incondicionalmente. A Rotina. Perdão contínuo. Respeitar-se, respeitar e ser respeitado. É, pensando muito bem, casamento é mais que a união de duas pessoas, é a união das personalidades, dos estilos, dos sonhos, dos medos, das conquistas, das metas, das vontades, dos erros, dos acertos, das teimosias, dos carinhos, dos abraços, dos cheiros, das toalhas de banho, das escovas de dentes, dos sorvetes de limão. E apesar do medo e todos os sentimentos embolados na alma, existe aquela certeza absoluta de que essa é a coisa certa a fazer, porque quando você encontra alguém para quem você olha e se sente profundamente grata por ele existir e estar ali, exatamente ao seu lado; quando você ama esse alguém de uma maneira enexplicável e sabe que seria capaz de dar sua vida por ela; quando você olha para este alguém e sente orgulho e admiração ou seu primeiro e último pensamento no dia é neste alguém, dizem que é amor-pra-vida-toda e embora a gente saiba que nada é perfeito, que é necessário muito amor, paciência, bom-senso, respeito, perdão, adaptação, flexibilidade, harmonia (mútuos), sentimos aquela paz interior de que fizemos a melhor escolha, porque ser sozinho também é bom, por um tempo, e que bom mesmo é ter alguém pra compartilhar...

Ando meio sem tempo, mas vou usar este meu querido-amigo-virtual-confidente para deixar registrado essa experiência única e pra vida inteira, porque o que a gente tem de coisas para contar enquanto organiza um casamento dá pra fazer um livro.

Inté...
[Dani Arruda]

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A arte de ser feliz

Ser feliz é realmente uma arte. A arte de se achar uma mulher linda, mesmo pesando 80Kg, usando óculos e sabendo que a única opção, mesmo não tendo um corpão violão. A arte de morrer de rir, de rir de gargalhar com as mensagens trocadas no celular, ou com a possibilidade de melhorar. Ser feliz é a arte de conversar com o espelho e ter a certeza absoluta que o seu namorado é perfeito e mesmo que todas as pessoas ao seu redor tentem, de todas as maneiras provar que você está errada, não importa, porque ser feliz é também ter convicção! Ser feliz é sentir que você tem tudo e esse tudo é do bom e do melhor. Ser feliz é amar um pão na chapa e um café preto de café da manhã, é colocar uma roupa e sentir-se a mulher mais exuberante do mundo, é se deliciar com o cheiro do próprio cabelo, é sorrir pra si mesma no retrovisor do carro. Ser feliz é chorar de soluçar lendo um livro (As pontes de Madison) e passar um tempão olhando pro nada, se imaginando naquela história. Ser feliz é amar descaradamente, escancaradamente e declarar isso todos os dias, sem cansar e sem medo do que irão pensar. Ser feliz é cozinhar e achar que fez alguém feliz com isso. A arte de ser feliz é ir dormir com aquele sorrisinho de cantinho da boca e o coração cheio de orgulho de ser quem você realmente é!

Hoje, minhas orações vão para todas as pessoas que vivem enclausuradas dentro de si próprias e não conseguem ver que a felicidade está onde nós a colocamos... é só não por onde não se pode alcançar!

[Dani Arruda]


A arte de ser feliz
[Cecília Meireles] 
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

domingo, 8 de agosto de 2010

Le Petit Prince

Pra mim, o trecho mais lindo do livro, onde o Pequeno Príncipe conta a rosa o seu segredo: 
"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."




Espelhos


"Decepção é quando a gente quer demais, e cobra dos outros o que nos falta..." 
 
Portas fechadas, é prosseguir. E trabalhar no nosso melhoramento, no melhoramento do nosso amor... "Derramar-se sem medidas, é melhor. Amor, só isso...". A responsabilidade das pessoas é só delas. Mas são as escolhas que NÓS fazemos que ditam a vida que NÓS levamos. Que amanhã o nosso dia venha inteirinho repleto de sol. E que a gente nunca perca a fé nas pessoas. 
Amém.  
 

[Dani Arruda]

Em branco

E a gente sempre vai tentar transferir a responsabilidade, não tem jeito. E vai se lamentar e tentar achar um culpado, alguém que fez tudo dar errado, alguém que sacaneou você. E eu nem tô falando de relacionamento afetivo, tô falando da vida mesmo. Admitir que deu errado porque você não tinha tanta razão quanto você pensava, ou porque procurou unanimidade quando só deveria ter procurado autoaceitação, pode fuder a cabeça de uma pessoa. E sem orgasmos. Esse é mais um daqueles textos-registro. Desses que eu não escrevo pra ninguém a não ser pra mim mesma pra lembrar que descobri algo supremo e importante.

O que eu descobri? A culpa foi minha. O erro foi meu, fim. Chega de lamentações. Eu não sou vítima de nada.

E, finalmente, me permito virar a página de uma vez. E que Deus nos ajude.
 
[Dani Arruda]

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sentidos Sextos

Dos seis que existem, aquele que é imaterial continua a ser o que maior desconforto me provoca. Talvez por ser o mais fiel. E eu, mesmo não tendo sempre razão, raramente me engano.

[Dani Arruda]

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Palavras

Palavras também precisam nascer. E elas precisam queimar em têmperas macias. Precisam perder o juízo. Precisam sofrer na hora do parto. Palavras precisam chorar quando sentirem dor. Palavras precisam e devem morrer! Palavras precisam existir, tocar, pousar, fazer pensar, querer mudar, perdoar, pedir perdão. Palavras precisam de horizontes, de sol quente, de vento forte, de chuva, de brisa leve, de arco-iris. Palavras precisam aprender a voar. E precisam de alimento, de banho, de descanso e de festa. Palavras precisam de voz, de dedos, de sonhos e segredos. Palavras precisam de entrega, de cura, de medo, de solidão e de receio. Palavras precisam de tempo! Precisam de tesão, de castigo, de desejo e de fartura. Palavras precisam de amor, de magia e de fúria! A minha e a sua.

Palavras precisam de tinta, porque a vida tem a cor que a gente pinta!
[Dani Arruda]

... ando em uma daquelas fases onde não há tempo para fazer tudo o que há para fazer, no entanto, vivo aquela fase maravilhosa de fazer tudo que posso e me sinto absolutamente completa! ...

terça-feira, 6 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Quando eu abri meu coração



Um dia (exatamente dia 25/12/2008) eu olhei ao meu redor e percebi que estava faltando alguma coisa. Eu estava rodeada de pessoas queridas e que eu amo incodicionalmente (pai, mãe, irmãos, primos, tios, vó, amigos), mas naquele dia, senti um vazio enorme dentro do meu coração. Senti a ausência de alguém pra amar. E naquele dia, eu decidi que estava na hora de abrir o coração. Já era hora de decidir querer ser amada e amar. E quando eu fui pra casa, naquela madrugada quente mais chuvosa, eu me deitei na cama e criei o meu namorado (imaginário).
Ele não fuma, é mais velho do que eu, é bem alto, não tem história mal-resolvida com ninguém, gosta de dormir, ama assistir filmes agarradinho no sofá, aprecia uma boa culinária, é absolutamente encantado pelas coisas pequenas... um cheiro, um beijo, um carinho, um girassol. Esse meu namorado imaginário tem o sorriso mais bonito do planeta. E quando ele me abraça eu me sinto mais perto de Deus. E a gente se encontra naquele intervalo entre as coisas que são ditas e aquelas em que as palavras não alcançam e se transubstancia em cores, aromas, cometas, estrelas, galáxias, incandescências... imanências. Um namorado que não desconfia, não investiga e não acusa. A gente se entende pela saliva, pelo olhar, pela pele, pelo coração, nosso tesão começa na alma só que explode. Ele apóia meus sonhos mesmo não concordando com eles. Ele é um homem que admiro tanto que nem é possível descrever com palavras. Ele me surpreende, mas sem inventar, sem exagerar. Me ensina ser uma pessoa melhor e me entende quando eu não consigo. Porque ninguém consegue às vezes. Nem ele. Com ele não tem regra, não tem pressão, não tem chantagem. Só amor, o amor que faz crescer. E esse meu namorado imaginário fica, se permite, se entrega, se compromete. Ele é presente e me apresenta para todos os parentes. Ele não é perfeito, mas é real e faz parte de mim.

(...)

Seis meses depois eu conheci alguém e reconheci nele meu namorado imaginário! Foi imediato, assustador e inevitável. Ele saiu da minha imaginação, tal qual massinha de modelar, pulou na cadeira e criou forma: pés, pernas, coxas, barriga, !!!!, mãos, braços, pescoço, cabelos, olhos, boca, nariz (e nessa hora a massinha ficou meio torta), cílios, pêlos, unhas... e entrou no meu coração. Ele era real e estava bem ali na minha frente, falando mais do que cem bocas podiam falar, me olhando de canto de olho, escondendo o medo e ansiedade pra dentro do peito. E no Natal de 2009 eu não estava mais sozinha. Não senti aquele vazio. Me senti em paz.  E aprendi que quando você abre seu coração (para o amor, para a paz interior, para a auto-estima, para a amizade, para a família, para o perdão...) ele faz a parte dele e lhe dá exatamente aquilo que você acha que merece. A questão é quando passamos a acreditar que merecemos o melhor, quando essa certeza chega, é impressionante: a gente simplesmente relaxa e solta! E quando solta, o medo começa a diminuir, e a gente começa a compreender que está tudo certo, mesmo quando não temos a menor idéia de que “certo” é esse. Mas quando menos esperamos, tudo fica absolutamente claro! E por tão belamente ter me permitido essa constatação – de que eu mereço o melhor – eu reconheci meu grande amor. Tão imperfeito como eu e qualquer outro ser humano, ele entrou na minha vida, acariciou minha alma e renovou meu coração.
Hoje ele completa mais um ano de vida e a única coisa que posso fazer, além de lhe dedicar um dos meus singelos textos, é orar à Deus agradecendo o maior presente que Ele poderia ter me dado e pedir encarecidamente que Ele me ensine e me ajude a fazer deste homem, o homem-mais-feliz-do-mundo!

Cherry, te amo pra sempre!

[Dani Arruda]

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Hora de soprar as velinhas

Está chegando o dia de apagar as velinhas e literalmente ficar mais velhinha!
Outro dia, ouvi uma pesquisa na Nova Brasil FM que perguntava:
Você gosta de comemorar seu aniversário ou fica deprimido nesta data?
E me lembro de ter ficado surpresa em pensar que alguém poderia se deprimir ao comemorar mais um ano de vida! 
No entanto, pensando bem, somos seres tão diferentes, porque a surpresa?
Talvez porque eu simplesmente amo comemorar meu aniversário e vejo esta data por várias óticas.
Pra começar é um dia especial, um dia meu e nada tira isso de mim. 
É o dia em que eu nasci, o dia que voltei à Terra, o dia de recomeçar.
Amo comemorar a vida, apesar de todos os pesares, a vida, pra mim, é um presente inestimável e amo sim comemorar. 
Mesmo que com ele, venha mais quilos, mais rugas, mais pernas cansadas, mais preguiça, não importa, porque também mais sabedoria, mais paz interna, mais amor próprio, mais equilíbrio, mais sabedoria e mais vida!
Adoro apagar velinhas, adoro receber os parabéns, os recadinhos, os presentes, os abraços, os beijos e tudo mais que o dia no nosso aniversário nos proporciona.
Dia 02/07 completo 31 anos de vida e quando eu olho pra trás, pra hoje e pro amanhã, eu sinto do fundo da minha alma que valeu, vale e sempre valerá apena viver tudo o que se há pra viver!

 


Dani Arruda






quinta-feira, 24 de junho de 2010

Saudades

“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
Clarice Lispector
 
Oooo saudade do meu amor!!!