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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lentes de Contato

Eu sempre falo sobre a importância da energia, mas fazia tempo que eu não a sentia tão profundamente. Algumas pessoas nascem com o dom de iluminar o caminho por onde passam e hoje estive com um ser assim, cuja necessidade inerente é proporcionar alegria aos que estão em volta e o melhor é que ele consegue. Eu ri, ri de perder o fôlego, ri de bater a mão na mesa, ri de fazer xixi na calça. E rir é um dos maiores presentes que alguém pode dar. A sensação que fica depois que passa, é que tudo parece tão pequenininho e o questionamento da mente é: porque tudo tem que ser tão triste? Porque tudo tem parecido tão pesado? A vida continua a mesma: todo dia alguém nasce, alguém morre, alguém fica doente, alguém ganha um presente, alguém se casa, alguém se separa, alguém é assaltado, alguém assalta, alguém cozinha, alguém come, alguém passa fome, alguém faz uma reunião, alguém reclama do chefe, alguém dorme com o chefe, alguém é traido, alguém não tem grana pra por gasolina no carro, alguém põe 500ml de silicone, alguém compra um remédio, alguém pede dinheiro pra comprar arroz na fila do supermercado, alguém dorme e alguém vara a noite sem conseguir dormir. Todo dia é sempre igual. É preciso mudar os olhos que vêem. É preciso encontrar as cores na manhã cinzenta, encontrar a paz no caos do trânsito, encontrar tranquilidade ao ver os montes de contas sem pagar, encontrar esperança nos lares desfeitos, encontrar a fé que sempre esteve dentro do peito. Então hoje, o agradecimento é ao querido-amigo-professor-da-minha-irmã, que me proporcionou boas risadas por algumas horas e me fez reencontrar minhas lentes de contato.
Dani Arruda

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